Não bata à minha porta, setembro
Rosângela Trajano
Não bata à minha porta, setembro Estou em córrego desalinho Assim mesmo perdi as chaves De propósito como fico sem anseios Tu me fizeste conhecer os espinhos Das tuas flores primaveris Oh, setembro eu tanto te amei Como foi difícil ir à casa da viúva E não olhar o seu jardim florido Estou em córrego desalinho Existência finita minha diz-se noite Entre ideias órfãs o café esfria Temo as leituras das minhas metades Alma minha em pranto descuidado Não batalha mais no teu cais, setembro.
Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 14/10/2019
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