Casinha de ninguém
Há uma casinha de ninguém
No meu peito triste Sem chaves e sem mobília Uma casinha abandonada Se fui sua dona não sei Encontrei a casinha por acaso Visitando-me em passeios noturnos Correndo nas estradas da minha alma Há desertos de saudades E de joelhos rezei para São José Quem terá construído essa casinha Não é difícil o nome saber Era alguém com quem eu gostava De ficar nas pontas dos pés E chamava de meu amor Por que a casinha abandonou? Casinha triste sem vontade de dormir Uma casinha bonita e de ninguém Sono de lugar perdido.
Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 17/10/2019
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