Poema de uma tarde triste
Sigo caminhando pra história
A tarde chega tão rapidamente Já não me conheço faz dias Esqueci a minha lareira A minha cadeira de balanço Foi pra rua balançar o grito O sol se despede como menino peralta Sorrindo de mim, da minha tristeza As minhas tardes são sonos de pedras Sem pingos de cores nem letras escuras Não há nada em mim além do silêncio O chapéu foi esquecido na cafeteria Dona Betânia há de guardá-lo Ela guarda tudo...guardou-me até Mas que tardes tristes essas minhas Quando deveriam ser de felicidade Reunião de amigos, vozes, abraços O cafezinho de Dona Betânia Está frio...a tarde cai e eu choro!
Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 19/10/2019
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