A dor da vida
A dor que deveras sinto
Faz-me pensar nos pássaros Aprisionados em gaiolas Gritos que ninguém ouve Seres que morrem à toa A vida dói na gente Talvez nos dias mais curtos E desassossegados de tudo Onde os botões das nossas blusas Não querem entrar nas casinhas Problemas chegam aos montes A vida dói na gente E a gente vai seguindo Feito rio que não se cansa De levar pancadas do homem Eu não sou o rio, por isso canso E cansada sigo a dor da vida Vivendo com um cajado Na alma desconfiada
Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 11/11/2019
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