A menina da plantinha
Uma vez uma menina Desejava criar algo Cansada da vã rotina O pai era gentil fidalgo Ganhou uma bela plantinha De presente do doutor Meio frágil coitadinha Necessitava de amor Não sabia onde guardar A plantinha sorridente Pensou num grande lugar Era uma ideia somente Matutando um bom lugar Achou certa janelinha Ouviu o gato miar Para comer a plantinha Rapidamente tirou A plantinha da janela Bichano bravo ficou Logo seguiu atrás dela Difícil achar local Para guardar a plantinha Longe daquele animal Que instinto apurado tinha Colocou sua plantinha Perto da televisão Não ficaria sozinha Estaria em proteção Mesmo na hora da novela De repente, veio um grito Menina largou tigela Grito bastante esquisito Sem saber dos muitos mimos Da plantinha escandalosa Menina chamou seus primos Estava tão curiosa Os primos se assustaram Com a danada plantinha Por minutos pensaram Foi feitiço na bichinha Meus primos são tão bobões Plantas não se enfeitiçam Têm dois pés e corações Assustadas se eriçam Menina descobriu A sua doce plantinha Voz do mocinho ouviu Na velha televisãozinha De novela bem gostava Conhecia seu mocinho Plantinha logo avisava Como era seu dengozinho A noite chegou bem cedo A menina adormeceu A plantinha teve medo Do gato que apareceu Plantinha muito chorou Trêmula se balançava Menina logo acordou Qual medo lhe angustiava Quis a menina saber Plantinha que cuidou Deu-lhe água pra beber Gato pra fora botou A noite bem devagar No seu relógio passava Menina nem dormiu Novo dia já chegava Ir à escola devia Em saco iria a plantinha Lição nova aprenderia Com gentil professorinha Seu caderno ajeitou Tomou feliz banho belo O seu corpo perfumou Calçou seu velho chinelo No meio da rua cheia As pessoas indo e vindo Plantinha tossiu alheia Toda poluição engolindo Na escolinha chegaram Quase mortas coitadinhas Nada elas comentaram Respiraram fumacinhas Vigia aflito ficou Garapa preparou sim Água e açúcar colocou Encheu o copo até o fim Mandou menina beber A garapa devagar Depois dela espairecer Dali plantinha levar Digo sempre a todo mundo A poluição está matando Nosso ambiente profundo O povo está atacando Até a sua plantinha Quase morreu essa coitada O fim da cidadezinha Que cresceu desenfreada Aqui muito antes morava Gente de todo lugar Plantinhas eu cuidava O povo deixou de amar As plantas e os animais Vivem tudo poluindo Não se preocupam mais Nossas dores não sentindo Leve essa bela plantinha Pra casa e cuide dela Ague rápido a bichinha Trate dela igual donzela Logo pra casa voltou Fez pedido do vigia Um curativo botou Na plantinha que morria Rezou pro Nosso Senhor Salvar a sua plantinha Pediu um pouco de amor Respeito para a vidinha Lágrimas muito chorou A cidade poluída Quase a plantinha matou Deixou-a muito sofrida Um milagre aconteceu A plantinha respirou Num sorriso se mexeu Menina perto ficou Alegria percebeu No seu gato que miou ****** Rosângela Trajano em 12 de novembro de 2019 Tarde de primavera Mamãe dorme na redinha **** Exercícios para o bom pensar. 1 – O que uma plantinha precisa para ser feliz além de água e adubo? 2 – O que as plantinhas sentem quando são abandonadas por nós? 3 – Por que as plantinhas precisam de amor e carinho? 4 – Como cuidar dos dengos de uma plantinha? 5 – O que é a poluição? 6 – Por que a poluição está destruindo as cidades? 7 – Por que as plantinhas não suportam a poluição? 8 – Que males a poluição pode nos trazer? 9 – Como combater a poluição? 10 – Como são as cidades poluídas? Desenhe uma plantinha vivendo em um lugar sem poluição. Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 17/11/2019
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