Pássaro morto
Meu barco não tem mar Muito menos capitão Em meio a tempestade Naufraga num sangue Feito de ideias pagãs Os ritos esquecidos Desabrocham nas flores Mulheres que lavam roupas Com sabão em pedra Sabem cantar alegrias Eu me sujo da lama Desse velho mangue Quero cheirar a pescador Sem medo de sentir a dor Pássaro que morre Preso na garganta O grito não sai Nunca vai tomar ansiolíticos Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 21/09/2020
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