Foste o amor de uma vida inteira
Naveguei na tua alma linda Deixei sois e luas dentro de ti Em mim ficou um pouco do tudo O que és, o que desejo que sejas As alianças estão guardadas Num velho baú de tesouros Sorrio ao acaso vestida de solidões À porta da minha casa bate Uma saudade que rasga a chuva O tanto que eu te amava está morto Caminho sozinha pela casa silenciosa Outro de ti já não mais chegará Teus velhos tênis sujos de lama Estão na pia de lavar roupas Ó, tempo, tempo, tempo que mata Deixe-me ser essa mulher que trança redes de pescar para não morrer dentro deste amor verbo em carne Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 05/10/2020
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