Rosângela Trajano

Nasce uma estrela sempre que se escreve uma poesia

Textos


Todas as pedras
Estão mortas

Além disso
Não há mais céu
Na velha poesia
O guardião está morto
E só o pássaro resiste
A saudade tresloucada
Que pede esmolas de dia
E à noite é prostituta
Pinta o beco de sangue
Quem dera o tempo
Dos versos compartilhados
Das horas infinitas
Em relógios quebrados
A vida é uma senhora cruel
Deixa-nos cair no abismo
E sorri dos nossos fracassos
Quisera eu esquecer as aquarelas
Pintadas para Carolina de Jesus
No âmbar a luz é contente
Eu sou o pranto do mangue
A esquecer da ave que não vem mais ao ninho
Onde mora a dor nem o coração sabe
Há uma esperança... esperar  o vestido ver o sol
Quem de nós sofre mais eu não sei
Em mim a orquídea vive apesar do silêncio do asfalto
Se eu fosse Sísifo sofreria menos
Castiga-me, ó lenço branco, e eu passarei esperança nos calos da minha alma
Ontem eu quis dizer sim pra mim
Era tarde... o sono fez-me dormir
Hoje foi mais um dia... mais um dia
Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 11/06/2021
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