o vento não sabe esperar o tempo
corre veloz à procura de si entre pedras de açúcar beija os pés do velho sino blém, blém, blém... a loba quer o outro homem vestido de espantalho um céu meio cinza sente dores na queda perdeu seus óculos A última princesa da Inglaterra visitava crianças pobres blém, blém, blém... toca o velho sino senhoras negras vestidas de branco lavam a calçada da igreja no alto voa uma borboleta as ruas sujas e fétidas pedem alegrias alguém canta lá longe o brasil nasceu aqui e eu sou filha desse sino blém, blém, blém... Iansã, em meus dedos correm o sangue da noite que vendeu seu útero para Cronos espécie estranha é o humano fabrica armas para matar a si mesmo roda, vida... tempo passa eu nunca fui Riobaldo, mas amei Diadorim façam a paz... cubram o sangue no beco escuro o homem morto era bom meio sol vai dormir viúvo hoje à noite blém, blém, blém... toca o sino... é meia-noite Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 11/06/2021
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