rosto pintado a dedo
não sabe ser rei numa noite negra todas as aves dormem casas de botões sem portas traduzem-se aos ipês negros venho da senzala fétida Do tronco impiedoso rasgaram meu corpo onde caiu o sangue da noite nasceu um ódio branco pintado em séculos parados esse tempo mata a gente saudade ou ilusão presente sou filha de santo sem terreiro oferenda deixo para xangô vaso de barro com amor eu sou a infinita dor Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 11/06/2021
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