Rosângela Trajano

Nasce uma estrela sempre que se escreve uma poesia

Textos


dei risos ao meio sol avermelhado

para esquecer as dores da alma

naufraguei dentro dos meus oceanos

em mares que não conhecia

um encontro com meu eu foi coincidência

de tardes quentes de verão

num dezembro de ingratidões

os vermes nos comem a carne do corpo

as pessoas malvadas nos comem as estranhezas

elas que nos diferenciam da mesmice do saber demais

quem me dera virar um asteroide

colidir com as mentiras dos falsos profetas

que inventam deuses nas suas igrejas de ouro

a minha morte foi sem despedidas

todos me mataram à luz do dia

depois eu chorei junto com as velas que me acenderam

visto covardias e mato seco pra dormir

Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 04/07/2022
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