vivo uma guerra de cem anos sou a inglaterra de mim mesma sofro as dores de uma guerra entre a razão e a loucura o que desejo levar nos olhos as coisas que passam e se tornam mundos minha pátria tem um tirano e uma súdita rogo preces a deus em busca de gaiolas vazias a graúna não canta mais na minha madrugada o soldado está mutilado e não ri mais troco de coração a cada quinze minutos do suplício neste maldizer levei o grito para as montanhas abri o mar para passar outro gigante o da minha eterna vigilância trago peixinhos no bolso da blusa com cuidado, com cuidado a morte fez-me crescer além everest Rosângela Trajano
Enviado por Rosângela Trajano em 10/01/2023
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